terça-feira, 24 de junho de 2014

Casa emprestada




Não me sinto bem se vejo janela fechada
Mobilia empoeirada
Casa de alma adoentada

Me confunde desorganização
Energias desperdiçadas no porão
Resquícios de uma vida sem evolução

Me sufuca a frieza da nova construção
Fonte artificial,  apartamento ao tom sobre tom
Muito lar não tem mais cara, cara do anfitrião

Com requinte do alto luxo
Para o frio cidadão
Com quinquilharia sem solução
Para o perdido na emoção

Aluga-se