quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A grande noite


Toda imensidão escura é nosso corpo sedutor, num vestido arrebatador
A lua, daqui chapada, cuja em detalhes a olhos nus dificilmente pode ser notada, representa nossa cara maquiada
As estrelas são os brincos, pulseiras, colares e anéis
Eis ai toda produção para os que sempre esperam ter a ''grande noite''
Mesmo vestidos de toda essa inspiração, precisamos de alguma luz para brilhar
Mesma luz que depende a lua e suas estrelas para se fazerem notar
Nesse meio tom surgem nossas dúvidas e desorientações
Saímos sempre em busca de grandes emoções, centrar as atenções, conhecer outros corações
Contudo temos também segredos, medos e todas essas propicias alucinações
Surgem então as substancias pra trazer-nos sensações... bebidas, bebidas, oh que beberrões
O liquido escorre pelas pernas num ciclo vazio que não traz soluções
Interrogações seguem a nos rondar, e esse vazio é como o buraco negro do universo, jamais vai terminar
Tão próximos da noite, tanto querendo aproveitar, tão distantes da noite, e tudo que ela pode representar
De olhos fechados, em conexão com o sensorial, talvez a melhor forma de contemplar
Deixar essa brisa de mistérios a pelo tocar, e quem sabe assim, ter a grande noite
Grande noite, que é a noite, por si só, e isso jamais vamos alcançar, pelo menos na condição de liderar, pois  nesse caso temos que se deixar levar.. descansar.

Um comentário:

Priscila Lopes Franco disse...

Algo nesta obra, me fez lembrar Oswaldo Montenegro , acho que é o ritmo do texto, como se nos convidasse a dançar em meio as letras. Simplesmente espetacular!