quinta-feira, 16 de maio de 2013

Maio amor



Teve um ano de maio que investi no amor
Tantos dedicados ao trabalho, naquele mudei o sabor
Olhando em complacência, a noiva me sorriu
E naquele més cinco eu não senti frio
No entanto o inverno não acabou
Triste para uma história de amor que apenas começou
Entre tantos encontros e desencontros que o vento soprou
Foi ao tom invernado que o sentimento planou
No junho seguinte não pude ficar
De maio em desmaio tive que te deixar
Mas até aquele quinze fiz te acalentar
E os corpos sorrindo puderam brincar
Preparei cafés, fiz jantares, feliz
Essa casa tão quente foi a nossa matriz
Levarei com saudade o casamento aquecido
Quando chegava em casa sempre belo sorriso
A saudade também só me faz orgulhar
Da investida feliz que foi me apaixonar
Sigo em frente, de longe, mais não infeliz
Pois sorrir é lembrar o quanto você nos quis

quarta-feira, 15 de maio de 2013

O gosto dos anjos



Eu gosto dos anjos
Eu gosto do gosto dos anjos
Seres de luz, seres alados, próximos de Deus

Do que gostam os anjos?
Gostam das artes, do sorriso singelo, do coração em paz
Gostam dos ambientes perfumados, harmonizados, sensoriais

O que gosto nos anjos?
De seu processo de hierarquia, de sua ajuda na evolução
De seus conselhos ao pé do ouvido, de sua forma em criação

Cabelo de anjo, Arcanjo, Querubim
É doce senti-los tão perto de mim
Rasgando os céus numa aquarela de luz
Meu anjo da guarda os caminhos conduz

Imensidão


Que coisa mais bela é olhar para o universo e perceber nele que a distância é apenas um enganar dos olhos, onde nós, pobres humanos precisamos para sentir-nos seguros afim de firmarmos proximidade.
Em qualquer lugar do planeta o universo é o mesmo, onde quer que eu esteja poderei ver as constelações, a lua dos amantes, escolher a estrela mais brilhante e dedicar a um bem querer, e não faltaram estrelas, nem dedicatórias, mesmo que caiam tempestades logo o vento as limpa e o céu segue novamente abrilhantado.

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Conselho do arredio




Meu velho pai já me dizia
Pra quem contar tua enforia
Pra quem chorar tua agonia
Da forma um, de forma outra
Vai contra tu um dia

Não existe amizade onde existe a lei da carne
Não precisa ser pedaço de boi
Seus amigos quando olham os teus olhos marejados por alguém pensam
Porque ele quis esse outro tão bem?
Logo cai a tua força, logo aumenta a tentação que os outros tem
Então vão lá filar o trem

Não é a lei da selva
É a lei da sem-vergonhice
Lei da tolice

Guarda teu choro
Guarda tua alegria

Deixa que isso tudo corra aos ouvidos por outras bocas
Pois ali não se vê de fato
Deixe sempre pelo sim pelo não

Ouça o conselho do arredio, desse matuto coração
Que levado por razão, não saúda com seu ouro olho algum, nem de irmão.