quarta-feira, 19 de setembro de 2012

A grande noite


Toda imensidão escura é nosso corpo sedutor, num vestido arrebatador
A lua, daqui chapada, cuja em detalhes a olhos nus dificilmente pode ser notada, representa nossa cara maquiada
As estrelas são os brincos, pulseiras, colares e anéis
Eis ai toda produção para os que sempre esperam ter a ''grande noite''
Mesmo vestidos de toda essa inspiração, precisamos de alguma luz para brilhar
Mesma luz que depende a lua e suas estrelas para se fazerem notar
Nesse meio tom surgem nossas dúvidas e desorientações
Saímos sempre em busca de grandes emoções, centrar as atenções, conhecer outros corações
Contudo temos também segredos, medos e todas essas propicias alucinações
Surgem então as substancias pra trazer-nos sensações... bebidas, bebidas, oh que beberrões
O liquido escorre pelas pernas num ciclo vazio que não traz soluções
Interrogações seguem a nos rondar, e esse vazio é como o buraco negro do universo, jamais vai terminar
Tão próximos da noite, tanto querendo aproveitar, tão distantes da noite, e tudo que ela pode representar
De olhos fechados, em conexão com o sensorial, talvez a melhor forma de contemplar
Deixar essa brisa de mistérios a pelo tocar, e quem sabe assim, ter a grande noite
Grande noite, que é a noite, por si só, e isso jamais vamos alcançar, pelo menos na condição de liderar, pois  nesse caso temos que se deixar levar.. descansar.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

Olhos de promessa


Oh, não me olhes com estes olhos de promessa
Seus olhos ardem em mim como ferro em brasa marcando, não só meu corpo, mas minh'alma
Sob o corpo, os desejos, flamejantes e pulsantes por ti
E toda vez que me lanças me alcança, e me dói

Quando vês então que a ti estou entregue
Mudas a direção, maltratas meu pobre coração
Brincas nesse jogo de ilusão, sem nem ter consultado permissão
Contudo saibas que estou só, e que tenho por experiência amores idos
E que isso em presente, vale-me de peneirado, não sou ouro fácil as mãos de qualquer mineiro
Mas a ti sou tão sucata, que desmonta-me sempre em primeiro
Pois quero amor

Digo-te ainda que sou promessa a muitos outros olhares
Mas contrário de você, não fui feito o responsável
Sou apenas amigável, a serviço de bom ser
Penso até que tal motivo, fez-me ter frescores teus
Que por mim correspondidos, acuado esmoreceu
E gelado como neve, faz-me então enlouquecer, a pensar que é coisa minha, esse ardor por te querer

Quando fujo desses olhos, que tantos iguais me olham assim
Volta-se em interesse, renascendo tudo em mim

Ah, tais olhos de promessa
Minha vã condenação
Dessa gente que me atiça
Por curiosa indecisão

domingo, 16 de setembro de 2012

Adormecido


Ando pouco enamorado
Nos dias isolado
Não quero que me toquem
Já fui muito tocado

Não quero gestos inúteis
Preocupações com tal estado
Quero o silêncio como aliado
Pois por mim pretendo ser desvendado

Do jeito que ando
Me sondam anseios
Não sei bem o que sinto
Mas estou profundo e mudado

Não há interesse
Não há novidade
Não gastarei meu afeto
Por qualquer momento sociado

Cansado do mesmo
Cansado do ser por ser
Do fazer por fazer
E só quero desadormecer por algo realmente válido

terça-feira, 4 de setembro de 2012

Deixa


Deixa eu fazer o que quero
Deixa expressar o que sinto
Deixa eu me fazer valer deste canto, que canto...

Deixa o céu dos meus olhos
Te refletir em sorrisos
Quero de ti o prazer dos sentidos, bonitos

Quero olhar pra você, como o espelho que eu fiz
Me refletir nesse ciclo, ser feliz
Quero seu corpo curtindo,
Quero teu sonho fluindo,
Quero me surpreender com o que eu digo, te sigo...

Vem, faz meu dia mais feliz, pois feliz é ver você, tão feliz...

Vão




Hoje machuquei alguém
Hoje por querer feri
Motivos achei que tinha pra fazer
Mas depois do feito, vi que não estava feliz

Sofri e percebi

Vi que dor não se paga com dor
Educar não é ser impositor
Queria provar no ardor
Melhor talvez fosse redobrar o amor

Sofri e percebi

Reeditei meu erro
Mostrei consideração
Respostas? Não
Feito em vão?
Não cairei de novo na mesma contradição