sábado, 24 de janeiro de 2015

A Bondade



A bondade é silenciosa
Despercebida num mundo de shows e fogos
Ela não necessita de autoafirmação
Resumi-se ao sensorial 
A bondade encorpa a vida dia a dia
Como o ciclo de lua e sol
Tem seu aquecer, seu acalentar
É desconsiderada pela falta de dramaticidade
Pouco vista pelo sangue quente, desacreditada, depreciada
Suas doses para tantos nunca tem limite suficiente,se perdem como sal no mar
Poucos lhe sabem utilizar, mas sua fonte é infinita, e fácil de encontrar
Está no silêncio dos inocentes, na natureza que encobre o ar, no dormir e acordar
Na paz pós guerra, na voz em tom baixo, na linguagem dos olhos, no canto dos pássaros, na chance nova há cada dia
A bondade está em agradecer, em respeitar-se enquanto ser

Um comentário:

Priscila Lopes Franco disse...

Muito lindo, jovem poeta! Grande, como sempre. beijos. Pri.