segunda-feira, 2 de abril de 2012

Frio de Outono



Ah o frio desse outono invernado aqui do sul
Esse vento que arde em saudade
Que explode em vontade de nada fazer...
...de frágil encolher.

Ah, de novo passo aqui o més de abril
Nessa terra que de tão improvável...
...me acolheu em lar confortável.

Outono do vento sul
Folhas a cair como caem lagrimas sem sentido
O choro sem grande motivo...
...apenas por vontade de alguém pra me mimar.

Massas, bebida quente, fogo aceso
Artificial temperatura em que me aqueço
Beijos esporadicos ou algo mais forte...
...e os amigos em seus lares a própria sorte.

Lembro-me da histórinha da cigarra e da formiga
Apesar de ser cigarra...
...sigo como formiga
Passo o inverno fora do quintal.

...

E se passares com interesse a minha janela
Se cigarra fores por ai...
... a entreter-se no barulho de torrada das folhas douradas e marrons que quebra com seu solado no chão...
Não demores a dizer que me quer... o frio me fragiliza e minha carência é tremenda.

3 comentários:

Amanda disse...

Maravilhoso,não tem palavras para decrever !! Parabéns !!

Nahiana disse...

Ah o imprevisível frio desse outono que me faz sentir tão frágil aos sentimentos comuns! Não sei se é o clima de aconchego ou se é coincidência.. na realidade sinto que tudo está em maiores proporções.
Vontade de correr atrás da felicidade e ter isso como meta principal. Ser Feliz!
Se somos felizes, conseguimos irradiar alegria e entusiasmo, atingindo automaticamente àqueles que nos cercam! =)
Enfim, assim como passamos por um verão quente, nossas atitudes podem ter tido proporções iguais à diferença do calor de outrora com o friozinho de agora!!!!

Parabéns pelo poema, Glauco!!!

Priscila Lopes Franco disse...

Sr. Wiltenburg, escrevi algo para o senhor, é muito simples e modesto. O sr é um dos poucos escritores que tenho contato, seria difícil escrever algo p Keats, Vinícius ou Bilac lerem, não sabem da minha admiração por eles rs, então aproveitei e fiz algo para senhor. É Sincero.
Está neste link. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/3663673