quarta-feira, 28 de março de 2012

Corpo Objeto


Do valor pelo espirito santo
Ao sexo por qualquer encanto

Da entrega esperando o amor
Ao vício de remediar essa dor

De cansar-se em qualquer perdição
Ao sentir-se doente então

Eis o corpo objeto...

...Que usado como trajeto
Trás prazeres e ilusão

...

Na esperança da terra
Trazendo o espirito santo
Nasce sempre um corpinho
E já vai caminhando

Quando com sorte
Tem mãe e amor
Tem vigor e frescor
É educado e sonhador

Passam-se os anos
Escolhe e é escolhido
Nem sempre acolhido
Na escolha que fez

Feliz com sua dor
Confuso em seu amor
Solitário portador
Das consequencias de ser

Da escolha feliz
Que julgada infeliz
Lhe maltrata e diz
Fique quieto, não diz

E o corpinho tão lindo
Que macio foi protegido
Busca agora razão
E se entrega ao ladrão

Ansioso e confuso
Substancias em uso
Bel prazer, viciação 
A ilusória emoção

Portador da doença
Trabalhado em descrença
Sem espiritualização
Esqueceu a missão

A ser de qualquer um
Mais um motivo comum
Para vulgarização
Objeto e vão

Mas num sopro divino
Esse tal desatino 
Pode ser enfim bom
Fortalecendo seu dom

Madurando e aprendendo
Ele vai percebendo
O controle de si
E constroi outro ali


Um comentário:

Amanda disse...

Fico sem palavras para descrever seus poemas. Fazem a gente refletir. São lindos,encantadores. Parabéns !!