domingo, 28 de outubro de 2012

Raízes


As árvores da minha casa tem cada uma, uma paz
Dentre as três uma me protege mais, a que plantei
No entanto não a vejo a mais bonita, mesmo ela que é a unica que da frutos e flor
Mas junto a mim, ela vinga na raiz

Os tijolos da minha casa, grande casa, são pilhados de suor e sonhos ...
Protegidos pela luz de minha mãe, o poder de meu pai, o esforço da minha irmã
Suavizada pela alegria da menininha, segura a nossa visitação, bom repouso

Olho para está Apiaí de onde tudo começou
O caminho da vegetação característica que subida do meu antigo quarto
chega os olhos a destacada igreja, sempre tem uma igreja com sino a soar
Ali tive parte em formação, faz parte de toda essa paz que só encontro aqui
Lugar que não convenceu meus planos em definitivo, mas tem sempre um bom motivo
Pra estar, revisitar... Sigo olhando as árvores da minha casa, nesse terreno meu, com a árvore
minha cuja o caroço do fruto que labuzava os beiços, plantei e vingou, mas que crescido com ela
nunca mais quis provar do fruto, que hoje pra mim não tem agradável sabor.
Ela alimenta outras gerações da família, e a rica fauna que convive lá fora.
É meu orgulho, minha contribuição, raiz forte que reanima, que de longe sei que está bem
É assim enquanto esse terreno for nosso, enquanto tenha aqui os laços de sangue que mantém a edificação
As coisas merecem mudar, mas nada abalará essa união
Humm, senti o cheiro do café, das xícaras daqui, aproveito pra sentir e sair...

Um comentário:

Priscila Lopes Franco disse...

Lindo isso, quanto sentimento! Vc é sensacional, parabéns!