terça-feira, 29 de maio de 2012

Ingratidão ao natural



Dias maravilhosos em que insisto ficar em casa
E o sol se esforçando em brilhar dando trinta e dois graus num outono de maio
Talvez por atender ao pedido das praias, tão carentes sem ter alguém a sua beira para brincar.

E eu aqui, dentre essas quatro paredes, resistindo ao convite solar
Saindo ao fim do dia na pressa de coisas pra comprar
Desperdiço um dia de folga, desperdiço um dia de paz

Me sinto um vampiro, aquele que só anda nas trevas
E ainda reclamo do aborrecimento solar
Que carregado de nuvens desaba a chorar

No momento da noite em que eu iria funcionar
Grito ''Pare de berrar''
Mas por consequência terei que de novo em casa ficar

Ouvir os choros do céu na tempestuosa madrugada
Para que se acalme e no outro dia venha tranquilo, disposto a me reconquistar
Eu, esse ingrato ser humano

Nenhum comentário: