segunda-feira, 25 de junho de 2012

Perdão as palavras


Engana-se quem pensa que uso bem as palavras
Sou só mais um que não sabe o seu devido valor
Se soubesse não letrava tantas linhas desse ouro

Sim ouro, que jogamos pelo ar
Que tentamos maquiar as angustias do viver
Temos mil maneiras de nos comunicar
Justamente a ultima, que deveria vir como complemento
É a jogada ao relento

Venho por meio desse escrito perdoar-me com as palavras
Sabendo que quanto mais dígitos, maior é minha culpa em não poupa-las

Perdoe-me também meu corpo, e toda sua capacidade
Que concentro sempre a boca, e bem feito que por mim fale
Apanho porque você foge ao meu controle, e me mostra mesmo eu tentando omitir
Mais uma vez a conta de palavras, que resultam em nada, pois não consultei meu peito
e nem falei com meus olhos, apenas tento afirmar no vento, algo que precisa surgir sólido.

Se mesmo com toda essa justificativa, ainda não me perdoarem
Vejam-me como aquele que engatinhava, e com o corpo se comunicava, e só aprendeu a falar, quando os gestos já não eram mais suficientes. Vejam-me como sou, uma criança inocente!

Um comentário:

Priscila Lopes Franco disse...

Essa obra como que nos convida a flutuar num mundo de emoções, se inclina igualmente para uma vida de sensações como para uma de reflexão. Genial!